
Estou mudando, mais num processo lento, pois a direção é mais importante que a velocidade.
Hoje sentei numa outra cadeira no outro lado da mesa, e amanhã mudarei de mesa.
Quando eu sair, vou procurar andar pelo outro lado da rua, e talvez por outras ruas, observando com atenção os lugares por onde passo.
Mudarei por uns tempos meu estilo de roupa, darei meus sapatos velhos, vou andar descalço por uns dias.
Vou tirar uma tarde inteira pra andar pelo parque e cantar com os passarinhos, tentar ver o mundo em outras perspectivas.
Vou abrir e fechar as portas e gavetas com a mão esquerda, dormir do outro lado da cama, e depois em outra cama, viver um novo romance.
Não quero o hábito como estilo de vida, afinal sempre amei a novidade, hoje mesmo vou deixar a vaidade, acordar e não pentear os cabelos, nem fazer a barba, ficarei diferente talvez até mais presente onde estou todos os dias e não sou visto.
Vou corrigir minha postura, aumentar a altura da cadeira e colocar os encostos de braço, quero ficar relaxado. Vou comer menos, pratos diferentes, novos temperos, novos sabores e novas delicias.
Vou tentar o novo todos os dias, o novo lado, o novo método, o novo sabor,o novo jeito, o novo prazer, o novo dia da velha vida e principalmente o novo AMOR.
Gosto quando começa a chover e as gotas fazem cócegas escorrendo pelo pescoço.
Vejo que o medo é bom, ruim é o medo de ter medo, ruim é a fisgada no peito que sinto as vezes, sinto vergonha de falar pois estou decadente, mais o meu orgulho misturado com o medo, se nega a aceitar o fato e entender que essa é a minha cruz, é bom ir numa cidade estranha que eu nunca tinha estado e nunca mais voltei,lá pude esquecer pois não tinha ninguem dizendo que o meu esforço iria fazer a bomba explodir dentro de mim, lá pude correr, lá pude esquecer, lá a dor veio sem pudor no reflexo do meu amor, de amar o esporte, de amar correr, de amar esquecer do que não posso!
Quando caiu a noite, tomei um banho e senti saudade, saudade de quem se preocupa de quem está sempre a zelar pela minha saude que eu não consigo entender por que é falha de tal maneira, por que logo o orgão vital central.
Depois sai pela noite, pensando o que fiz com a minha vida e o que a minha vida fez comigo, sonhei e descobri que sonhar não é ruim, ruim é não realizar.
O fim de um grande amor é muito ruim, afinal um grande amor nunca tem fim, bom é amar, ruim é amar, bom é encarar a vida com fantasia, ruim é encontrar com o precipicio e tomar 40 capsulas do que se usa pra curar o medo, querer acabar com tudo, sem saber que o amanhã tinha reservado algo melhor, morrer não deve ser tão ruim assim, mais o bom mesmo é viver e poder falar do bom e do ruim.
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