segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aquele tempo logo ali atrás.

Um dia frio hoje na Cidade Morena, calmaria de um céu nebuloso, coisa rara que a tempos deixei lá no Sul do Brasil.
 A saudade bateu hoje, da cidade fria e chuvosa onde parece que os dias são mais tristes, porem mais inspiradores.
Saudades dos acasos que aquele lugar proporciona, saudades das bebidas destiladas que lá em outrora bebi sem pudor levando a minha mente a um estado alucinante, causando a coragem para tornar uma noite inesquecivel, no outro dia a Butina suja e um amor estranho era o que marcava um raro dia de sol.
As vezes busco inspiração diante de lugares calmos, barulho de passaros, assim como os grandes escritores, mais percebo que não é isso que me inspira e nem tão pouco sou um grande escritor.
Decidi um dia escrever numa casa que fica ao lado de um parquinho onde ouço os risos de crianças radiando felicidade, me dá saudade de minha infância onde sem duvida foi a melhor época de minha vida, pena que só sei disso hoje.
 Quando o texto não vem, quando a idéia não quer cair em letras sobre o papel, eu fecho os meus olhos e ouço as crianças. Elas brincam, elas dão risadas, elas se divertem.
 Eu abro um sorriso, sinto-me bem. Sinto como se eu fosse criança novamente.
 A paz invade minha alma e volto a escrever.
 Só existe uma coisa nisso tudo que me preocupa.
 Um único detalhe que às vezes me assusta, mas tento não pensar nele. Todas as vezes que vou até a janela, mesmo ainda ouvindo o som delas brincando, eu não vejo nenhuma criança no parquinho.
 Percebo então que os risos são apenas lembranças dos dias que já foram e de meu tempo de criança.

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